O longa narra a busca de Riggan Thomson (Michael Keaton) para voltar ao foco das atenções da indústria do entretenimento. Ex-astro de uma franquia de sucesso, o ator deixou de ficar em evidência depois que parou de interpretar o super-herói Birdman. Apostando todas as fichas e muito dinheiro, Thomson investe em uma peça na Broadway para se reerguer.
Faltando poucos dias para a estreia do espetáculo, um dos atores do elenco precisa ser substituído. O escolhido é Mike Shiner (Edward Norton), um intérprete que busca elementos reais para compor seu trabalho. A personalidade de Shiner gera alguns conflitos com o protagonista, que não quer ser ofuscado em seu esperado retorno. O substituto também arruma problemas com Lesley (Naomi Watts), outra atriz do elenco.
Durante as primeiras apresentações, Thomson enfrenta muitos conflitos internos, estimulados pela figura do Birdman, que funciona como um alter-ego e aconselha o ator sobre a carreira e as escolhas que devem ser feitas. Para cuidar dele durante esse processo, o intérprete conta com a ajuda da filha Sam (Emma Stone), uma jovem que acabou de sair da reabilitação.
Para mim, o que mais chama atenção em "Birdman" é a forma como Iñarritu escolheu contar a história. Com câmeras em movimento, o diretor costura a trama através de diversos planos-sequência que dão a impressão de uma ação contínua e, ao mesmo tempo, colocam o espectador como um "participante" da ação, já que a câmera percorre os bastidores e faz o caminho dos personagens. Essa opção, que transforma o público em voyeur ou em um espião da narrativa, torna tudo mais instigante e mostra um sofisticado cuidado com a produção.
O roteiro é outro ponto que faz diferença no longa. Com cinismo, rapidez e inteligência, a história funciona como uma crítica à indústria do entretenimento, utilizada para que muitas pessoas consigam fama e sucesso. Em vários momentos, o espectador tem contato com o conflito entre o valor da arte e do negócio, além de poder analisar a busca dos personagens por notoriedade ou pela carreira. "Birdman" também não se priva de criticar a Hollywood que funciona como uma "máquina de fazer dinheiro" com os filmes de super-heróis e as sequências pensadas para lucrar e prolongar sucessos de bilheteria.
Além de tudo, o trabalho do elenco também é especial. Os conflitos e dúvidas do protagonista estão bem representados por Michael Keaton, que constrói o personagem com humor e seriedade. Ao lado de Eddie Redmayen, de "A Teoria de Tudo", é favorito ao Oscar de melhor ator. Emma Stone, Edward Norton e Naomi Watts também se destacam e formam um elenco entrosado e coeso.
Indicado a nove estatuetas no Oscar, "Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)" é um filmaço e sua consagração na premiação, se acontecer, será mais do que justa. Como dito antes, é um ano disputado e com muitos outros merecimentos em jogo. Se os prêmios não vierem, o longa já sai vitorioso por apresentar ao público inteligência, crítica e uma direção primorosa.
Durante as primeiras apresentações, Thomson enfrenta muitos conflitos internos, estimulados pela figura do Birdman, que funciona como um alter-ego e aconselha o ator sobre a carreira e as escolhas que devem ser feitas. Para cuidar dele durante esse processo, o intérprete conta com a ajuda da filha Sam (Emma Stone), uma jovem que acabou de sair da reabilitação.
Para mim, o que mais chama atenção em "Birdman" é a forma como Iñarritu escolheu contar a história. Com câmeras em movimento, o diretor costura a trama através de diversos planos-sequência que dão a impressão de uma ação contínua e, ao mesmo tempo, colocam o espectador como um "participante" da ação, já que a câmera percorre os bastidores e faz o caminho dos personagens. Essa opção, que transforma o público em voyeur ou em um espião da narrativa, torna tudo mais instigante e mostra um sofisticado cuidado com a produção.
O roteiro é outro ponto que faz diferença no longa. Com cinismo, rapidez e inteligência, a história funciona como uma crítica à indústria do entretenimento, utilizada para que muitas pessoas consigam fama e sucesso. Em vários momentos, o espectador tem contato com o conflito entre o valor da arte e do negócio, além de poder analisar a busca dos personagens por notoriedade ou pela carreira. "Birdman" também não se priva de criticar a Hollywood que funciona como uma "máquina de fazer dinheiro" com os filmes de super-heróis e as sequências pensadas para lucrar e prolongar sucessos de bilheteria.
Além de tudo, o trabalho do elenco também é especial. Os conflitos e dúvidas do protagonista estão bem representados por Michael Keaton, que constrói o personagem com humor e seriedade. Ao lado de Eddie Redmayen, de "A Teoria de Tudo", é favorito ao Oscar de melhor ator. Emma Stone, Edward Norton e Naomi Watts também se destacam e formam um elenco entrosado e coeso.
Indicado a nove estatuetas no Oscar, "Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)" é um filmaço e sua consagração na premiação, se acontecer, será mais do que justa. Como dito antes, é um ano disputado e com muitos outros merecimentos em jogo. Se os prêmios não vierem, o longa já sai vitorioso por apresentar ao público inteligência, crítica e uma direção primorosa.
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