A entrega do protagonista para criar uma nova representação do famoso personagem da DC Comics foi bastante elogiada pela crítica e espectadores do filme, mas é preciso reconhecer que Phoenix sempre mergulhou de cabeça em seus trabalhos. Dietas, expressões corporais e, especialmente, a busca por um entendimento mais profundo dos tipos retratados são constantes no currículo cinematográfico do artista.
A presença de Joaquin Phoenix em premiações não chega a ser novidade, mas, se a indicação por "Coringa" vier, o ator pode experimentar, talvez pela primeira vez, a sensação de ter a torcida do grande público, impressionado pelo desempenho do intérprete. Se bem que duvido que ele esteja dando a essa possibilidade mais importância do que ela merece, uma vez que já deixou claro que esse mundo de títulos e glamour de Hollywood não o fascina.
Aproveitando o sucesso de Joaquin Phoenix em "Coringa", vale a pena destacar outros ótimos desempenhos do ator, alguns deles, inclusive, indicados ao maior prêmio do cinema.
- Ela (2013)
Ambientado em um futuro não tão distante, o filme de Spike Jonze mistura romance e ficção científica para falar sobre alguns temas já muito atuais, como interações sociais e a mistura entre os mundos real e virtual. Em "Ela", Joaquin Phoenix vive um escritor que sofre por conta de uma separação. Para superar essa dor, ele acaba se apaixonando pela voz do sistema operacional que controla o computador e outros equipamentos eletrônicos. Encantado com a atenção e companhia da inteligência artificial, representada pela fala de Scarlett Johansson, o escritor "preenche" o coração com aquele "relacionamento". Mas, será que tudo aquilo é de verdade? Vivendo o escritor Theodore, Phoenix equilibra bem as emoções do personagem, que vai da melancolia à euforia romântica e, sobretudo, conquista por transbordar humanidade. Afinal, em tempos tecnológicos e de redes sociais, não é incomum que alguém supra a solidão da realidade por uma companhia virtual, mas nem sempre é verdadeira.
- O Mestre (2012)
Dirigido pelo ótimo Paul Thomas Anderson, "O Mestre" traz Joaquin Phoenix em um desempenho complexo, que exigiu esforços físicos e mentais do ator. Ele vive Freddie Quell, um soldado atormentando pelos traumas da Segunda Guerra Mundial e que carrega essas marcas profundas no corpo e nos pensamentos. Diante disso, Quell passa a seguir um homem carismático e de boa oratória, que prega os ensinamentos de uma nova religião. Quando sinais de radicalismo começam a aparecer, o soldado entra em conflito com o papel do guia espiritual. Ao lado dos também ótimos Phillip Seymour Hoffman e Amy Adams, Phoenix rouba a cena pela postura corporal e, especialmente, por conseguir retratar a perturbação daquele soldado, problemático e em busca de respostas para os próprios problemas.
- Johnny & June (2005)
Protagonizado por Joaquin Phoenix e Reese Whiterspoon, "Johnny & June" mostra a ascensão do cantor Johnny Cash e a relação do artista com June Carter, retratando, inclusive, os momentos de tensão entre o casal. Além do sucesso do astro country, o longa de James Mangold foca no turbilhão de emoções que marca o relacionamento dos dois e que sempre ameaça separá-los. Como Johnny Cash, Phoenix impressiona, mais uma vez, pela entrega ao personagem, mesmo que essa característica já seja uma constante na carreira dele. Retratando todas as nuances do cantor, que vão do romantismo aos momentos de fúria, o artista preenche a tela e eleva o nível da produção, que tem até uma narrativa bastante convencional.
- Você Nunca Esteve Realmente Aqui (2017)
Premiado no Festival de Cannes, o longa da diretora Lynne Ramsay, conhecida pela densidade que imprime nas histórias, tem na atuação de Joaquin Phoenix sua grande força. "Você Nunca Esteve Realmente Aqui" foca nas ações de um veterano de guerra que trabalha resgatando jovens sequestradas e abusadas sexualmente. Inserido em uma trama que mescla discussões relevantes e entretenimento, Phoenix coloca o próprio trabalho imersivo de construção de personagem à serviço da ação proposta pela história. Mesmo que o filme pareça, por vezes, apressado, o longa tem na ação e no desempenho de Phoenix dois alicerces importantes que mantêm a trama de pé e prendem a atenção do espectador.
- Vício Inerente (2014)
Reeditando a parceria com Paul Thomas Anderson, Joaquin Phoenix teve a tarefa de protagonizar o filme mais confuso e, de certa forma, alucinógeno do diretor. "Vício Inerente" talvez seja mais uma viagem sobre o desenvolvido de um personagem do que propriamente um longa com uma história envolvente. Mesmo com essa característica, que pode afastar o público, vale a pena acompanhar o trabalho de Phoenix, mais uma vez dando vida a um tipo incomum. Na trama, o ator vive Doc, um detetive particular que seria reprovado em qualquer exame toxicológico e que é envolvido em uma confusa investigação sobre a ex-namorada. "Vício Inerente" mescla certa psicodelia com uma atmosfera meio noir, mas é realmente o desempenho de Phoenix que costura o filme e prende a atenção do espectador.
- Ela (2013)
Ambientado em um futuro não tão distante, o filme de Spike Jonze mistura romance e ficção científica para falar sobre alguns temas já muito atuais, como interações sociais e a mistura entre os mundos real e virtual. Em "Ela", Joaquin Phoenix vive um escritor que sofre por conta de uma separação. Para superar essa dor, ele acaba se apaixonando pela voz do sistema operacional que controla o computador e outros equipamentos eletrônicos. Encantado com a atenção e companhia da inteligência artificial, representada pela fala de Scarlett Johansson, o escritor "preenche" o coração com aquele "relacionamento". Mas, será que tudo aquilo é de verdade? Vivendo o escritor Theodore, Phoenix equilibra bem as emoções do personagem, que vai da melancolia à euforia romântica e, sobretudo, conquista por transbordar humanidade. Afinal, em tempos tecnológicos e de redes sociais, não é incomum que alguém supra a solidão da realidade por uma companhia virtual, mas nem sempre é verdadeira.
- O Mestre (2012)
Dirigido pelo ótimo Paul Thomas Anderson, "O Mestre" traz Joaquin Phoenix em um desempenho complexo, que exigiu esforços físicos e mentais do ator. Ele vive Freddie Quell, um soldado atormentando pelos traumas da Segunda Guerra Mundial e que carrega essas marcas profundas no corpo e nos pensamentos. Diante disso, Quell passa a seguir um homem carismático e de boa oratória, que prega os ensinamentos de uma nova religião. Quando sinais de radicalismo começam a aparecer, o soldado entra em conflito com o papel do guia espiritual. Ao lado dos também ótimos Phillip Seymour Hoffman e Amy Adams, Phoenix rouba a cena pela postura corporal e, especialmente, por conseguir retratar a perturbação daquele soldado, problemático e em busca de respostas para os próprios problemas.
- Johnny & June (2005)
Protagonizado por Joaquin Phoenix e Reese Whiterspoon, "Johnny & June" mostra a ascensão do cantor Johnny Cash e a relação do artista com June Carter, retratando, inclusive, os momentos de tensão entre o casal. Além do sucesso do astro country, o longa de James Mangold foca no turbilhão de emoções que marca o relacionamento dos dois e que sempre ameaça separá-los. Como Johnny Cash, Phoenix impressiona, mais uma vez, pela entrega ao personagem, mesmo que essa característica já seja uma constante na carreira dele. Retratando todas as nuances do cantor, que vão do romantismo aos momentos de fúria, o artista preenche a tela e eleva o nível da produção, que tem até uma narrativa bastante convencional.
- Você Nunca Esteve Realmente Aqui (2017)
Premiado no Festival de Cannes, o longa da diretora Lynne Ramsay, conhecida pela densidade que imprime nas histórias, tem na atuação de Joaquin Phoenix sua grande força. "Você Nunca Esteve Realmente Aqui" foca nas ações de um veterano de guerra que trabalha resgatando jovens sequestradas e abusadas sexualmente. Inserido em uma trama que mescla discussões relevantes e entretenimento, Phoenix coloca o próprio trabalho imersivo de construção de personagem à serviço da ação proposta pela história. Mesmo que o filme pareça, por vezes, apressado, o longa tem na ação e no desempenho de Phoenix dois alicerces importantes que mantêm a trama de pé e prendem a atenção do espectador.
- Vício Inerente (2014)
Reeditando a parceria com Paul Thomas Anderson, Joaquin Phoenix teve a tarefa de protagonizar o filme mais confuso e, de certa forma, alucinógeno do diretor. "Vício Inerente" talvez seja mais uma viagem sobre o desenvolvido de um personagem do que propriamente um longa com uma história envolvente. Mesmo com essa característica, que pode afastar o público, vale a pena acompanhar o trabalho de Phoenix, mais uma vez dando vida a um tipo incomum. Na trama, o ator vive Doc, um detetive particular que seria reprovado em qualquer exame toxicológico e que é envolvido em uma confusa investigação sobre a ex-namorada. "Vício Inerente" mescla certa psicodelia com uma atmosfera meio noir, mas é realmente o desempenho de Phoenix que costura o filme e prende a atenção do espectador.
Comentários
Postar um comentário